quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Cervantes e Verne


Eu não sei com exatidão a idade que eu tinha na época, acredito que treze ou quatorze anos, estudava pela manhã, na hora do recreio eu subia para a biblioteca, não, eu não era um nerd! O setor disciplinar da escola fez umas recomendações, tipo umas terapias de grupo para as crianças acima do normal, lógico que eu era acima do normal, quer que eu diga o quê? Enfim, o que eu quero contar é sobre o meu encontro com Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote.

Estou falando do encontro literário com Dom Quixote, o cavaleiro atrapalhado e paranoico junto com seu escudeiro gordinho e realista, foi o livro que mudou a minha forma de ler. Depois dele eu queria mais como ele, a partir de então a leitura virou uma prática.

O que tanto me impressionou além da história em si, foi a criatividade do autor, desde então isso é o maior atrativo para mim. As obras de Julio Verne são incríveis desse ponto de vista, a mais de cem anos atrás, Verne escreveu sobre coisas impossíveis e que não existiam em sua época, porém, anos depois aconteceram ou se tornaram possíveis. Verne escreveu sobre viagem a lua, viagem ao centro da terra, a volta ao mundo, submarinos e viagens ao fundo do mar, entre outros escreveu uma aventura que se passa na Amazônia brasileira, apesar de Verne nunca ter vindo ao Brasil, “A Jangada”, publicado em 1880, na história uma cidade flutuante é construída.

Inúmeros autores se destacam nesse sentido, são criadores do inimaginário e construtores de fantasias, senhores de mundos de aventuras. Cervantes e Vernes são apenas dois nessa “Academia de Autores Mundiais”, quem sabe um dia terá um Ramada entre eles.

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